segunda-feira, 5 de março de 2007

Referendo sobre o aborto

Referendo sobre o Aborto

O aborto foi um assunto discutido em 1998, discussão que ficou marcada pela abstenção. O referendo em 1998 foi o primeiro em Portugal sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). Teve 68,1 por cento de abstenção e o «Não» venceu em relação à despenalização.
Mas agora voltou a ser assunto principal no parlamento. Todos os partidos da oposição apresentaram propostas que defendem a realização de um referendo. Agora no dia 11 de Fevereiro de 2007 vai haver uma votação, em relação à despenalização do aborto.
Há duas petições, com objectivos quase opostos que são: “O Sim à despenalização” e “ O Não ao aborto”.
Pessoalmente estou a favor da despenalização porque acho que a mulher tem que ter a liberdade de optar for fazer ou não o aborto. E depois a cabe à consciência de cada um achar o que é o mais correcto. Trata-se do princípio da igualdade, que se fundamenta no reconhecimento da dignidade do ser humano, isto é, do seu superior valor, que o distingue da restante natureza, porque a transcende.
Por ser tão sublime, e por não admitir gradualidade, a dignidade é sempre igual para todos. Este princípio acolhido por todas as constituições modernas, exprime a verdade de que o homem é sempre um fim e nunca objecto, sempre pessoa e nunca coisa. Portanto a dignidade humana significa que o sujeito tem de ser reconhecido por aquilo que é; Significa que o ser humano é sempre o fim e merece por isso protecção por si mesmo, porque ele, enquanto tal, tem o originário direito de escolher. Concluindo com a legalização do aborto diminuirá o número de abortos clandestinos e será restituída a liberdade de escolha em relação a este assunto à mulher.
Hoje em dia, as pessoas que estão contra “ A despenalização do Aborto até às dez semanas” consideram que o feto é um ser vivo e portanto abortá-lo, para eles é crime, ou seja, do seu ponto de vista, acabar com uma vida é crime e não se deveria legalizar e nem despenalizar. De certa forma, algumas das pessoas que estão contra ao aborto, têm interesses políticos e sociais no resultado na votação neste referendo, nomeadamente alguns políticos portugueses. Alguns deles têm negócios particulares e portanto com a legalização do aborto iria prejudicar os seus interesses particulares. Acho que existe um certo cinismo por parte destes, na luta por essa causa, mas por razões diferentes.
Mas também é uma hipocrisia, algumas das pessoas que estão contra ao aborto, como têm boas condições económicas, recorrem a clínicas particulares na grande maioria a outros países. Nesses casos acho injusto e desumano, porque como estes têm boas condições económicas, podem fazê-lo em clínicas boas e aqueles que não têm, sujeitam-se a condições indecentes e na maior parte morrem nesses sítios clandestinos. Infelizmente na nossa sociedade portuguesa não há igualdade e justiça para todos, como devia ser num país moderno.
Não estou de acordo com essa opinião, porque não as devemos julgar por terem tomado aquela decisão, mas sim respeitar essa escolha. Numa república democrata como Portugal devemos ter liberdade para decidir em todos os assuntos e não alguns.
Concluindo, os portugueses devem votar neste referendo porque devem dar a sua opinião em relação a este assunto porque é um direito cívico e a sua decisão vai contribuir para a nossa sociedade e para diminuição da abstenção.

Eu não sei quem sou

Eu não sei quem sou
Mas vejo através da lua
Uma floresta com muitas rosas
Todas de cores diferentes.
Vejo uma rapariga
Sempre a dançar á volta lua,
Com muita alegria e calor.


Essa rapariga tem olhos azuis,
Cabelos louros...a sua pele
É tão macia e bela
Que parece ser pele de sereia,
Cantando com tristeza e amor.

autor: Tiago Fé de pinho